quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Comentário do Evangelho

Em Jesus a plenitude do humano

Ao mencionar "as pessoas desta geração", Jesus está se referindo à classe dirigente judaica. O termo "geração" (geneá), no Antigo Testamento, é aplicado com frequência ao povo hebreu, em um determinado momento histórico, de maneira recriminatória (por ex.: "Certamente, nenhum dos homens desta maligna geração verá a boa terra que jurei dar a vossos pais" - Dt 1,35).
Os chefes religiosos do Templo e das sinagogas difamam João (tem demônio) e Jesus (comilão e beberrão). Assim fazem porque rejeitam em João o anúncio da libertação do pecado pela prática da justiça, pois isto esvazia e rompe com o Templo. Rejeitam em Jesus o amor misericordioso que acolhe a todos, com o que são descartados os preceitos excludentes da Lei.
João retirava-se para o deserto em protesto à vida corrompida na cidade e no Templo de Jerusalém. Porém, Jesus retorna às comunidades rurais e urbanas da periférica e gentílica Galileia, onde anuncia o Reino de Deus. O Filho do Homem é a plenitude do humano. O humano para ser realizado, ser pleno, é necessariamente solidário; é o viver em comunhão com todos para que não haja nenhum excluído e todos tenham vida plena. Esta é a verdadeira obra de sabedoria.

José Raimundo Oliva


Oração
Pai, purifica-me de toda forma de orgulho que me leva a desprezar meu semelhante e a julgar-me superior a ele. Como Jesus, desejo estar próximo de quem se afastou de ti.

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